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Maputo, Mozambique
Sou Doutorando em Paz, Democracia, Movimentos Sociais e Desenvolvimento Humano, Mestre em Direito, Mestre em Administração Publica, Mestrando em Direito do Petrosse e do Gás. Actualmente exerço as funções de Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais,Direitos Humanos e de Legalidade ( Primeira Comissão ) da Assembleia da República. Sou Consultor e Docente Universitário.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

DISCURSO DE AGRADECIMENTO E DESPEDIDA DO CHEFE DO ESTADO EM PRESIDÊNCIA ABERTA E INCLUSIVA

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

DISCURSO DE AGRADECIMENTO E DESPEDIDA DO CHEFE DO ESTADO EM PRESIDÊNCIA ABERTA E INCLUSIVA

2014

Compatriotas!
Caminhamos para o fim do meu mandato de governação como Presidente da República de Moçambique. Vim aqui para me despedir de vós, e por vosso intermédio, de todo o Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo.
Despeço-me com profunda gratidão e, sobretudo, com o reconhecimento de que tudo o que lográmos construir nestes quase 10 anos de governação só foi possível porque contei com a vossa participação e com a nossa convicção de que unidos podíamos fazer mais e cada vez melhor pela nossa Pátria Amada. Assim
passou o primeiro mandato, com cada um de nós a fazer a sua parte na materialização da nossa agenda nacional de luta contra a pobreza, e os resultados que aos poucos íamos conquistando mostraram-se encorajadores e reiteraram a nossa certeza de que, porque a pobreza tem fragilidades, ela pode e está efectivamente a ceder espaço para a nossa vitória. Este estado de coisas fez-me, uma vez mais, merecedor da vossa confiança para este segundo mandato prestes a terminar, no qual consolidámos as nossas
conquistas e fomos diversificando, mais ainda, as formas de resposta aos desafios em todas as frentes desta luta.
Foram muitas as dificuldades mas lográmos transformá-las em desafios e depois buscar formas criativas para superá-los. Nesse processo, nós, moçambicanos, resgatámos a nossa auto-estima e, inspirados nos exemplos e referências que corporizam a nossa história:
  
v consolidámos a cultura de contar primeiro com as nossas próprias forças;
v adoptámos o trabalho como nossa forma de ser; e
v reforçámos a Unidade Nacional e a Paz, como princípios
estruturantes da nossa identidade e comunhão de destino.
Vêm-nos à mente, neste momento, muitas emoções, muitas recordações e muitas mensagens. Gostaríamos, contudo, de voltar às nossas primeiras visita. Nessas deslocações, mais do que pedir a vossa confiança em nós, na nossa vontade, capacidade e programa de governação:
v colhémos as vossas sensibilidades sobre como juntos superar os desafios da luta contra a pobreza; e
v firmámos a nossa parceria na materialização dessa agenda, bem assim o compromisso de lutarmos pela
consolidação, por exemplo, da auto-estima, da Unidade Nacional e reforço da Paz.
Estamos satisfeitos por notar que, graças a essa nossa determinação colectiva e à cultura de trabalho, mudámos a forma de ser e de estar do Moçambicano e com esta sua atitude, também a face do nosso Moçambique.
E tal como sempre dissémos, e como repetiram nas vossas mensagens e canções, o dia de hoje está melhor que o de ontem, e o dia de amanhã será ainda melhor que o dia de hoje.

Ficarão também em nós ricas memórias de como cultivámos e consolidámos o sentido de cidadania e a cultura democrática, no contexto da Presidência Aberta e Inclusiva.
Volvidos quase 10 anos de trabalho abnegado, em que juntos, Governo e este povo muito especial, entregámo-nos ao trabalho com muita determinação e perseverança, mas sobretudo com uma renovada fé nas nossas capacidades, superámos inúmeras dificuldades e lográmos realizar o nosso sonho, traduzido no objectivo de transformar o Distrito em pólo de Desenvolvimento.
Graças à materialização desse desiderato, os nossos distritos têm outra face e consolidam o seu papel na promoção, de forma célere, do desenvolvimento desta Pátria de Heróis.
v hoje, os nossos compatriotas pedem a palavra para falar já não apenas da sua longa lista de pedidos e problemas mas, e sobretudo, das suas vitórias, conquistas e do que mais precisam para caminhar ainda mais decisivamente rumo à vitória contra a pobreza;
v hoje, os 7 milhões empoderam o empresariado local e dinamizam a vida económica dos distritos, e a sua gestão contribui para o reforço do sentido de cidadania e participação da população na gestão da coisa pública, bem assim para o reforço de princípios e práticas democráticas;
v hoje, Moçambique está a entrar na exploração dos recursos naturais que se juntam à agricultura, ao turismo, transportes e comunicações, entre outros, para contribuir para a melhoria das condições de vida do seu povo.

Quero, por isso, dizer-vos MUITO OBRIGADO, do fundo do meu coração, por serem um povo tão especial, um povo cheio de autoestima e com uma história rica em exemplos de patriotismo e
heroicidade que nos inspiram para podermos alimentar o sonho do futuro melhor e construí-lo, dia-após-dia, com muito trabalho, determinação e perseverança.
Quero também, aproveitando esta oportunidade, transmitir-vos o profundo agradecimento da minha esposa que igualmente sentiu o vosso inestimável apoio e beneficiou dos vossos conselhos e ensinamentos sem os quais não teria conseguido lograr sucessos no seu trabalho. Mais uma vez, muito obrigado.
Caros Compatriotas!
A caminhada que temos vindo a empreender na luta contra a pobreza é longa. Eu tive o privilégio de dar a minha contribuição na qualidade de Presidente da República e continuarei a dar em outras frentes como cidadão deste país, que sou. Cabe agora a vez de ceder o lugar a outro compatriota, para dar continuidade a essa missão.
Desta vez, dentre os vários cidadãos capazes, que este país gerou, apresento-vos aquele de quem podemos dar um testemunho seguro de ser amante da Unidade Nacional e da Paz, que gosta e inspirase no Povo, o cidadão proposto pela FRELIMO, candidato de milhões de moçambicanos, Filipe Jacinto Nyusi, herdeiro e
continuador do legado dos nossos heróis: os presidentes Eduardo Mondlane, Samora Machel e Joaquim Chissano. A cada um deles coube uma tarefa específica na história da construção deste Moçambique de todos nós.

Apelo a todos vocês para que conservem os vossos cartões de eleitor para usá-los quando chegar o dia, o dia 15 de Outubro.
Compatriotas!
Ocorre-me neste momento de despedida, o sentimento de saudade
sentido antes da hora:
      ü da vossa amizade;
 ü dos vossos sorrisos;
 ü das vossas ideias vincadas sobre o país;
 ü da vossa força de vencer e ultrapassar obstáculos; e
 ü da nossa cumplicidade.
Por tudo isso, guardo a cada um e a todos vós no Meu Coração.
 v  Moçambique hoye!
 vPovo Moçambicano unido do Rovuma ao Maputo hoye!
 v Unidade Nacional hoye!
 v Paz alicerçada no diálogo hoye!
 v Presidência Aberta e Inclusiva hoye!
Muito, muito obrigado!

CPLP: um actor que se firma cada vez mais no concerto das nações

CPLP:
um actor que se firma cada vez mais no concerto das nações     
                                      
Comunicação de Sua Excelência Armando Emílio Guebuza, Presidente da República de Moçambique e Presidente em exercício da CPLP, por ocasião da apresentação do balanço da Presidência de Moçambique na CPLP, na sessão de abertura da X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.
Timor Leste, 23 de Julho de 2014

As nossas primeiras palavras são de agradecimento ao povo e governo timorenses pelasmanifestações de amizade, carinho e pela hospitalidade que nos têm dedicado desde a nossa chegada a esta lendária, bela e pitoresca cidade de Dili. A nossa presença neste belo país constitui motivo de honra e júbilo para nós, moçambicanos, pois:
v  convoca para o nosso imaginário o processo da cristalização das nossas relações de amizade e solidariedade que sustentaram a luta do povo timorense pela sua independência; e
v  consagra a comunhão de valores e princípios que transportaram:
o   A esperança para onde havia desespero;
o   O amor para onde havia ódio;
o   A dignidade e auto-estima para onde antes havia apenas humilhação e opressão.
Por isso, para o saudoso Presidente Samora Moisés Machel a independência de Moçambique não estaria completa enquanto Timor Leste não conquistasse a sua.
Hoje, trazemos esta mensagem de saudação ao estoicismo, à persistência e à heroicidade do povo timorense demonstrados até à vitória final. Por isso, Moçambique sente-se muito honrado por ser o País que tem a honra de passar, hoje, para as mãos dos nossos irmãos de Timor

Leste, através de si, Senhor Presidente, as pastas da Presidência da CPLP. A História sabe fazer justiça!
Minhas Senhoras e Meus Senhores;
Saudamos a nossa organização pelos seus 18 anos de existência, pelo seu percurso e pelas conquistas e realizações alcançadas. São 18 anos de luta cujos resultados atestam o nosso compromisso e a determinação de fazermos da nossa organização um instrumento eficaz ao
serviço dos nossos países e povos. Atestam, ainda, a nossa visão colectiva de fazermos da nossa comunidade, uma comunidade relevante e com cada vez maior visibilidade e acção no concerto das nações. Informados por esta visão, quando, em Julho de 2012, assumímos a presidência da CPLP definímos como nosso desígnio para o biénio 2012-2014,e nós citamos“Tornar a CPLP mais proactiva, eficaz e relevante para responder à dinâmica dos desafios
actuais”.Fim de citação
Com este compromisso no horizonte trilhámos o nosso percurso como organização e reafirmámos o imperativo de colocarmos em prática políticas, estratégias e programas
que nos colocassem em posição de responder, de forma efectiva, articulada e coordenada, aos desafios que os nossos países e a nossa comunidade enfrentam. Neste sentido, durante o exercício da nossa presidência, pautámos pela articulação e busca de consensos sobre as
mais diversas questões de interesse comunitário.É, pois, justo e salutar que reconheçamos e saudemos o empenho, a dedicação e o contributo de todos os Estados membros para os progressos alcançados no biénio que está agora a chegar ao fim.Aproveitamos a ocasião para, de modo particular, expressarmos a nossa inteira disponibilidade para partilhar a nossa experiência com a Presidência Timorense do biénio 2014-2016, convictos e fazendo votos de muitos sucessos para si, Senhor Presidente.
Informados, igualmente, por essa visão, promovemos a cooperação intercomunitária que, para nosso agrado,conheceu uma evolução assinalável, atendendo ao alargamento das áreas de intervenção, à melhoria da execução técnica e à consistência dos resultados alcançados. Na verdade, ao longo do presente biénio, as reuniões ministeriais aprovaram um conjunto de planos
estratégicos sectoriais, facto que se reveste de suma importância nas acções visando uma melhor estruturação e eficácia das iniciativas de cooperação a nível da CPLP.
Em contraste com a vontade expressa dos nossos países, de transformar a CPLP na organização que todos almejamos, a exiguidade de recursos, sobretudo os financeiros, para pôr em prática as acções que corporizam a vida da nossa organização, constitui um sério desafio que demanda maior criatividade na gestão dos nossos recursos e na mobilização de apoio multiforme.
Informados, ainda, por essa visão de conferir maior visibilidade à CPLP e pelos princípios que norteiam o Estado de Direito Democrático, redobrámos as nossas acções em prol da normalização da situação política e deretorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau. Por isso, fruto da nossa acção diplomática e da parceria com a comunidade internacional, foi possível contribuir para queos nossos irmãos, actores políticos da Guiné-Bissau,continuassem a assumir que cabia a eles, em primeiro lugar, a responsabilidade de garantirem o resgate da estabilidade e
do prestígio do seu belo País e que era sobre a sua liderança que o Povo Guineense colocava, firmemente, os seus olhos e a esperança de um futuro melhor para a Pátria de Cabral.O nosso apelo foi, felizmente, escutado pelos guineenses, nacionalistas de valor, honra e fibra e, por
isso, hoje celebramos, com muita satisfação,o regresso deste país irmão e Estado membro fundador da CPLP, ao convívio desta nossa família, uma vez concluído o processo de  restauração da legalidade constitucional.
É, uma vez mais, com muita satisfação que saudamos o Senhor Presidente (José Mário Vaz,) Presidente da República da Guiné-Bissau e ao Primeiro Ministro (Domingos Simoes) da Guine Bissau , democraticamente eleitos nas últimas eleições. Reiteramos-lhe, Senhor Presidente,as
nossas mais calorosas boas-vindas à CPLP, neste momento em que a República da Guiné-Bissau retoma o seu legítimo e devido lugar no seio da nossa Comunidade.
As nossas saudações são extensivas ao povo irmão guineense pela sua firme determinação e pelo compromisso dereconciliar-se e restaurar a paz e a estabilidade política no seu país, abrindo assim um novo capítulona sua história, uma história de paz, progresso e bem-estar. Devem todos
manter-se unidos para consolidar estas conquistas e parao que a CPLP e as demais organizações internacionais providenciaremem complemento ao que os guineenses estão a fazer, eles próprios.
Celebrado o regresso da Guiné-Bissau ao nosso seio teremos, igualmente, a oportunidade de considerar o primeiro alargamento da nossa Organização ao longo dos seus 18 anos de existência, fruto de um processo de concertação política e de diálogo consolidados.
Importa aqui sublinhar que o crescente número de Estados soberanos que de nós se abeiram para obter o estatuto de Observador Associado da CPLP, espelha o reconhecimento e crescente interesse que a nossa Organização tem despertado na arena internacional. Estamos convictos que a abertura a terceiros impulsionará a aceleração do processo de afirmação mundial da língua portuguesa nas culturas desses países, bem assim na crescente internacionalização das nossas potencialidades económicas.
Minhas Senhoras e Meus Senhores, Moçambique elegeu como tema para a sua presidência que
chega assim ao fim “A CPLP e os desafios da Segurança Alimentar e Nutricional”. Este tema traduz um dos desafios que a pobreza coloca aos nossos povos e países, bem assim
o impacto da incerteza sobre o que comer na próxima refeição, numa dimensão que ultrapassa a mera escassez de alimentos para ascender àcategoria de um problema de saúde pública.
Foi ainda neste contexto que lançámos, no dia 20 de Fevereiro de 2014, a Campanha “Juntos contra a Fome!
Alimentando a Esperança na CPLP”, com o objectivo principal de mobilizar recursos para o financiamento de projectos no quadro da nossa Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional. Trata-se de um importante passo rumo à convergência de políticas e programas para que, a
médio e longo prazos, possamos contribuir para a redução drástica da fome nos nossos países.
É nosso desejo que o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, órgão especializado de assessoria à Conferência dos Chefes de Estados e de Governo seja dotado de recursos necessários para a realização do seu mandato.
Na concretização do nosso compromisso de assegurar o direito à alimentação a todos os cidadãos da CPLP,contamos com a valiosa colaboração da FAO, que tem propiciado a consolidação das políticas e estratégias dos Estados membros no domínio da segurança alimentar e nutricional.
Um outro tema que dominou as nossas atenções prende-se com a promoção e difusão da língua portuguesa. Trazemos, assim, à atenção desta Cimeira,a realização, em Lisboa, em Outubro de 2013, da Segunda Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema
Internacional e a consequente aprovação do Plano de Acção de Lisboa, quadro orientador para a definição de políticas e acções para a contínua valorização e afirmação da língua portuguesa como nosso património comum.
Notamos, com muito agrado, a crescente afirmação da língua portuguesa nos diferentes quadrantes do globo, mercê da nossa acção diplomáticaformal e das nossas comunidades na diáspora. A riqueza e diversidade das culturas de cada um dos nossos países é um outro factor de
relevo que em muito tem contribuído para essa crescente disseminação e valorização da língua portuguesa para além dos limites da nossa comunidade.
Uma vez mais, a exiguidade de recursos financeiros constitui um entrave à fluidez das acções da nossa organização, desta feita, no desempenho do Instituto Internacional de Língua Portuguesa e no cumprimento das suas obrigações estatutárias. Urge, pois, que identifiquemos formas alternativas de financiamento das nossas acções.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,Ao completar o décimo oitavo aniversário, a CPLP regista
nos anais da sua história importantes conquistas que importa preservar e exaltar. Elas constituem um legado que a projecta para um elevado estatuto de actor de relevo na formulação de respostas aos múltiplos e complexos desafios do desenvolvimento, da paz e da segurança nos seus Estados membros e a nível internacional.
Para o futuro da nossa Organização, importa uma reflexão aprofundada sobre as estratégias e os mecanismos que permitam responder à dinâmica dos desafios que o processo
de globalização nos impõe.
São sete os desafios que gostaríamos de reiterar nesta augusta assembleia,depois de os termos articulado, de forma detalhada, na Sede da nossa organização, em Lisboa, nos princípios deste mês.
Apresentamo-los na perspectiva de que sirvam de elementos a considerar no delinear de novas estratégias para o contínuo sucesso da nossa CPLP. Esses desafios são:
v  A necessidade de a CPLP se manter como um factor de
agregação de sinergias;
v  A preservação da paz e da segurança, alicerces sobre os quais assenta o projecto que pretendemos edificar;
v  O imperativo da garantia da segurança alimentar e nutricional;
v  A integração económica, para a qual os factores descontinuidade geográfica, pluri-continental (idade) e multi-regionalidade que caracterizam a CPLP representam um potencial de oportunidades que importa explorar;
v  A promoção do crescimento económico e do emprego;
v  A mobilização de recursos para os programas de cooperação sectorial e para a estrutura executiva; e
v  O criterioso alargamento da CPLP.
Perante estes desafios, a República de Moçambique reafirma o seu compromisso de continuar a contribuir para a elevação da fasquia de desempenho da CPLP e para a consolidação dos laços que unem os nossos povos e países.
Neste sentido, encorajamos todos os Estados membros a prosseguirem, com o apoio do Secretariado Executivo, o exercício de reflexão sobre o futuro da nossa Organização,
a ser formalmente desencadeado na presente sessão.
Formulamos votos para que os nossos debates e reflexões que nos conduzam a deliberações que permitirão consolidar o lugar e o papel da CPLP no sistema internacional.
À presidência de Timor Leste, desejamos os melhores êxitos e reiteramos o nosso inteiro apoio para tornar cada vez mais real a dimensão, relevância e acção da CPLP no mundo.
A terminar, deixamos a nossa palavra de apreço ao Secretário Executivo, o Embaixador Murade Murargy, aos funcionários do Secretariado Executivo e ao Director Executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, pelo seu incansável empenho em prol do engrandecimento desta organização de todos nós.

Muito obrigado pela vossa atenção!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Estado garante segurança ao dirigente da Renamo

O Estado garante segurança ao dirigente da Renamo, garante Edson Macuácua, Conselheiro e Porta Voz do Presidente da Republica

Alguns pronunciamentos públicos equivocados em alguma imprensa, veicularam uma falsa idéia de que o dirigente da renamo não sai do local onde se encontra por razões de segurança, o que não corresponde à verdade, pois o dirigente da Renamo pode sair do local onde se encontra e circular pelo território nacional e com segurança garantida pelo Estado. A família moçambicana gostaria que o líder da renamo saísse do isolamento a que se remeteu e participasse no processo eleitoral em curso, dentro das regras do jogo democrático.

O Estado sempre vai assumir as suas responsabilidades quanto à segurança do dirigente da renamo por isso a segurança do dirigente da renamo nunca estará em causa e estas garantias ja foram dadas ao dirigente da renamo, portanto são do seu conhecimento.

Gostaria de deixar claro que não há intenção de eliminar o líder da renamo, e se houvesse essa intenção, poderia ja ter acontecido, como por exemplo, no dia em que se  recenseou, mas não aconteceu porque não há nenhuma intenção nesse sentido, aliás nem se enquadra nos valores defendidos pelo mais alto magistrado da nação. O Presidente Armando Emílio Guebuza é um Homem de Paz e de palavra.
O presidente Armando Emílio Guebuza defende uma solução pacífica, baseada no dialogo, um diálogo a ser desenvolvido com respeito à ordem consitucional, um dialogo que assegura a consolidação da unidade nacional, da paz e do desenvolvimento rumo ao bem estar que todos almejamos e merecemos.

 O presidente Armando Emílio Guebuza defende que as eleições, devem reforçar a cultura de paz, estabilidade política e o Estado de Direito Democrático pelo que todos os actores políticos devem participar no processo democrático e colocar-se a disposição do sufrágio popular.
Portanto não há motivos para nenhum receio, se o dirigente da renamo vier a Maputo encontrará o Presidente Armando Emílio Guebuza de espirito aberto e pronto a dialogar com ele em prol do reforço da unidade Nacional, da paz e do bem estar dos moçambicanos.

Ha muitos dirigentes da renamo, incluindo o secretario geral, que já estiveram isolados com o dirigente da renamo   e que já se libertaram e hoje circulam livremente pelo pais, promovem reuniões, conferências de imprensa, sem que nada lhes aconteça, pelo que não ha razões  para receios por parte do dirigente da renamo.

Na verdade o dirigente da renamo está com medo das eleições, dai que recorre a falsos pretextos para tentar encobrir a verdadeira causa do seu receio de sair do local onde se encontra, pois não é mais do que um receio que radica no medo das eleições, pois pretende atingir seus fins por meios inconstitucionais e anti democráticos.
As forcas de defesa e segurança sempre actuaram em defesa do povo e dentro da legalidade.





Com os melhores Cumprimentos

Edson Macuacua

Conselheiro e Porta Voz do Presidente da Republica

Eleições são inadiáveis, afirma Edson Macuácua, Conselheiro e Porta voz do Presidente da República

Eleições são inadiáveis, afirma Edson Macuácua, Conselheiro e Porta voz do Presidente da República

A realização de eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais a 15 de Outubro é um imperativo nacional. As eleições são inadiáveis e a data da sua realização é inegociável. Moçambique é um Estado de Direito Democrático, no qual a realização regular e periódica de eleições constitui um imperativo constitucional, que permite a legitimação democrática dos titulares dos órgãos electivos de soberania.
As eleições constituem um momento de festa, um momento exaltante do exercício da soberania e da cidadania.
É através da realização  regular e periódica das eleições que os cidadãos exercem o direito e dever cívico de eleger e ser eleitos,com vista a garantir a legitimidade e legalidade dos titulares dos órgãos electivos de soberania.
O processo de preparação das eleições ja está numa fase avançada e irreversível. O recenseamento eleitoral foi um sucesso. Tivemos uma participação de cerca de 85 %, um nível bastante elevado que mostra que o Povo Moçambicano quer que as eleições tenham lugar no dia 15 de Outubro, pelo que deve se respeitar a vontade popular,pois a soberania reside no Povo e devemos respeitar a lei que estatui a realização regular de eleições.
Algumas vozes motivadas por objectivos inconfessáveis tentam ecoar a idéia da possibilidade de adiamento das eleições e chegam a imputar maliciosamente essa vontade ao Presidente Armando Emílio Guebuza ,o que é irrazoavel. O Presidente Armando Emílio Guebuza fez tudo e está fazendo tudo para a realização de eleições dentro dos prazos legais e não está interessado em continuar como Chefe de Estado, como alguns continuam teimosamente a insinuar para tentar confundir a opinião pública, pois, primeiro apesar de a Frelimo ter a maioria parlamentar qualificada e suficiente para alterar a Constituição da Republica, a Frelimo não mudou a Constituição para viabilizar uma sua eventual candidatura, pois ele assumiu democrática e publicamente que já cumpriu os seus mandatos e abriu espaço para a eleição de um novo Presidente, reafirmando o seu respeito pela Constituição em vigor. Segundo apesar de nos comícios realizados durante a Presidência Aberta e Inclusiva, as populações terem reiteradamente pedido publicamente ao Presidente da Republica para se candidatar a um terceiro mandato, o Presidente Guebuza sempre disse reiterada e publicamente que não estava interessado em concorrer para um terceiro mandato, por isso a edição 2014 da presidência aberta e inclusiva, é dedicada fundamentalmente ao balanço da acção Governativa  nos últimos 10 anos ,é uma edição de despedida e de agradecimento aos Órgãos de Estado, do poder local, as  populações, organizações da sociedade civil pelo apoio e colaboração pessoal que o prestaram como Chefe de Estado,por isso mesmo que o Próprio Presidente da Republica,tem apresentado o Candidato Presidencial eleito pelo Partido Frelimo e que vai concorrer a sua sucessão. Por isso não deve haver sombra de dúvida sobre as eleições, pois elas terão lugar no dia 15 de Outubro. Preocupado com a necessidade de garantir o sucesso das eleições, o Presidente Aramando Emílio Guebuza, mostrou publicamente a sua preocupação para com a qualidade do trabalho dos órgãos eleitorais e exigiu responsabilidades e ordenou que fossem tomadas todas as medidas para garantir o sucesso do recenseamento eleitoral.
Neste momento os órgãos eleitorais estão ja a ultimar os preparativos logísticos, os Partidos Políticos e os Candidatos ja se registaram e apresentaram as suas candidaturas junto dos órgãos competentes e internamente estão se preparando. As organizações da sociedade civil estão realizando a educação cívica. O País todo está ja em movimento irreversível rumo às eleições de 15 de Outubro.
Ainda para viabilização das eleições, por orientação do presidente Aramando Emilio Guebuza, a delegação do governo acolheu no diálogo com a Renamo, as reivindicações apresentadas pela Renamo sobre a legislação eleitoral o que implicou a alteração da composição dos órgãos eleitorais e de alguns prazos eleitorais, incluindo o período do recenseamento eleitoral.
Portanto devemos fazer destas eleições, um momento de festa, de reforço e de consolidação da paz, da unidade nacional e do Estado de Direito Democrático.


Com os melhores Cumprimentos

Edson Macuacua

Conselheiro e Porta Voz do Presidente da República.